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16 de agosto de 2013

CRUZ



Houve uma morte, morte de cruz. Apenas aquele amor poderia trazer vida àquela morte, apenas ele poderia salvar em meio à condenação. A ordem foi dada, mas não emanou de um trono de ouro, e sim, de um trono de cruz. Não o puderam compreender, porque a luz vinda do madeiro apenas pode ser vista pela fé.

Que luz ofuscante emana daquela cruz, tanto o é que continua a nos ofuscar pelo Espírito. O sangue foi derramado, mas continua lavando as minhas mãos. Meu coração alcançado por um amor tão poderoso que abafou os gritos daquela dor.


Como posso ouvi-los e me alegrar? Como posso ser motivado a morrer também quando a dor me parece insuportável? Não faz sentido querer passar pela cruz quando vejo toda a dor causada por pregos e espinhos, mas esse amor não faz sentido, ele simplesmente queima e me chama a morrer nessa cruz todos os dias, pois posso enxergar o amor e muito melhor é esse amor do que a vida.

Eu não quero apenas me lembrar da cruz, eu quero que ela arda no meu peito a cada lágrima que vejo ao meu redor, quero que ela arda ao ponto de me conduzir ao lugar daquele que perdoou quando se viu abandonado, triunfou em meio à maior humilhação. Eu perdoo na esperança de revelar a cruz aos que me persegue, amo para que todos possam ver um amor que tudo sofre tudo crê, tudo espera e tudo suporta. Não preciso esperar por nada, pois pela cruz enxergo que foi consumado e minha vitória já aconteceu.

Por Hugo Sobral Silva

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