Principalmente
quando se trata do amor romântico. Nem mesmo a banalização das relações
amorosas promovidas pela mídia e pela forma de viver da sociedade contemporânea
conseguiu destruir por completo o sonho pessoal de viver um amor real.
Em
função disso, milhares de pessoas buscam esse amor das mais diversas formas,
mesmo sem ter a devida maturidade para vivê-lo. Em decorrência do despreparo
dessas pessoas, observamos um cenário crítico de frustrações cíclicas na vida
de grande parte da população, em especial, dos jovens solteiros.
A
raiz das decepções amorosas não consiste em erros cometidos pela pessoa amada,
mas sim na imaturidade de ambos. Muitas pessoas entram em relacionamentos com
um foco puramente egoísta de suprir suas carências emocionais e seu vazio
existencial. Por causa disso, algumas pessoas tornam-se escravas emocionais do
outro, transformando o relacionamento num verdadeiro sufoco.
Atitudes
de que uma pessoa está imatura para amar: possessividade, ciúmes, carência
exagerada, dependência emocional do outro (se a pessoa não supre suas
expectativas, você fica deprimido), egocentrismo (achar que a outra pessoa tem
a obrigação de ceder sempre às suas vontades), síndrome de vítima (o outro é
sempre culpado de qualquer problema), cobranças, esfriamento espiritual (que
leva o casal a cometer pecados de imoralidade sexual), pressa (gerada pela
ansiedade), passividade (falta de atitudes de comprometimento), falta de
respeito à individualidade do outro, entre outros. Todo esse problema advém de uma
idealização falaciosa do amor que ilude o ser humano a pensar e querer viver um
amor voltado ao seu próprio ego.
O
mais triste de tudo isso é que muitas pessoas não conseguem identificar sua
tamanha imaturidade para amar, e muitas vezes, ficam cobrando de Deus uma
explicação para o seu tempo de espera. Há muitas pessoas que não possuem o
mínimo de maturidade para um relacionamento amoroso e estas podem ser
reconhecidas pela ansiedade e pelo desespero. A explicação é muito simples: se
Deus fosse doido de colocar alguém na sua vida, na forma em que você está,
totalmente desestruturado na alma e no espírito, certamente você colocaria tudo
a perder. Inclusive, é por isso que
todas as suas tentativas de buscar o amor a sua maneira falharam lamentavelmente
até o dia de hoje. Quem não tem estrutura para esperar o tempo de Deus, também
não terá para viver o verdadeiro amor.
As
pessoas maduras acordaram da idealização. Entendem que o amor verdadeiro é o
que está descrito em 1 Co 13, um amor que tudo SOFRE, tudo ESPERA, tudo CRÊ.
Por compreenderem a real faceta do amor, reconhecem que este é sacrificial.
Pessoas maduras para amar, renunciam a murmuração e partem para a ação de
preparação em sua vida. Aprendem a investir o seu melhor nessa fase de espera.
Trocam o sentimento de autopiedade por um impulso de crescimento na vida
espiritual, familiar, profissional e financeira. Esse é o valor de estar
solteiro, saber investir na sua vida hoje para viver o amor no futuro.
Esse
é o ano da maturidade. É chegado o tempo de deixar as meninices! Adultos
infantilizados pela imaturidade emocional não podem se casar.
Diante
desses fatos, esse é o seu tempo de decidir se irá continuar vivendo na
imaturidade e prolongando ainda mais o seu tempo de espera e o seu ciclo vicioso
de decepções sentimentais, ou se tomará a decisão radical de abandonar todos os
seus argumentos para passar na prova e ser aprovado por Deus.
Quero
convidá-lo a um arrependimento genuíno de sua maneira infantil de pensar e
viver. Derrame-se aos pés do Senhor. Decida amadurecer custe o que custar. Só
assim você entrará num nível da
maturidade para amar.
Algumas
pessoas acham que meus textos são “pesados” porque promovo reflexões que,
muitas vezes, geram desconfortos na alma. Acho isso ótimo, pois ninguém
amadurece no conformismo. A dor sempre vai existir seja pela mudança ou seja
por continuar da mesma forma. É melhor sofrer na mudança e sorrir no futuro do
que manter-se confortável e sofrer para o resto da vida.
“Quando
eu era menino, falava como menino, pensava como menino, raciocinava como
menino, desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança”
(1Cor
13 11)
http://euescolhiesperar.
Por
Simone
Messina
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