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20 de julho de 2012

Afinal, amizade virtual é boa ou ruim?


A internet oferece muitas maneiras de se conversar com pessoas, até mesmo as que estão distantes. Mas, afinal, o contato online é benéfico ou não?

Alguns especialistas dizem que a tecnologia tem tornado as crianças e jovens mais próximos, como Elizabeth Hartley-Brewer, autora do livro Making Friends: A Guide to Understanding and Nurturing Your Child¿s Friendships (em tradução livre: Fazer Amigos: Um Guia para Entender e Alimentar a Amizade de Suas Crianças).

Em contrapartida, as psicólogas americanas Kaveri Subrahmanyam e Patricia M. Greenfield fazem parte do grupo que aponta aspectos negativos. Elas disseram ao jornal The New York Times que evidências qualitativas iniciais mostram que as facilidades da comunicação eletrônica têm diminuído o interesse de adolescentes pela realizada pessoalmente.

"Pode ser bom ou ruim, depende de quão restritivo são os contatos sociais. Se a internet for apenas mais uma forma de contato com os amigos, qual é o problema?", disse a psicóloga Angélica Capelari, professora da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp). "Pode até ajudar os tímidos em um primeiro momento, o de se expor ao outro, mas é preciso analisar o motivo da dificuldade de se soltar pessoalmente."

A psicóloga Rosa Maria Farah, coordenadora do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática (NPPI), da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo afirmou que é importante limitar o tempo de uso do computador. Não há uma quantidade de horas ideal. Deve ser estipulada de maneira que não perca o convívio social, não deixe de fazer outras atividades e a tarefa escolar, durma e se alimente no horário certo.

Escrita

Para muitos adultos, as conversas na Internet parecem ser digitadas em outra língua, quase indecifrável. Abreviações e trocas de letras são mais do que comuns: ¿kd vc¿ (cadê você?), "kero tc" (quero teclar, conversar), "me add" (adicione-me).

Os bate-papos online deixam dúvida quanto aos benefícios ou prejuízos. Alguns estudiosos acreditam que atrapalha o aprendizado da norma culta da escrita. Enquanto isso, outros apontam que crianças e jovens nunca leram e escreveram tanto como agora.

Existem diferenças entre a forma coloquial e a culta, e está surgindo uma terceira, a virtual, segundo Rosa. "Isso não quer dizer que vão deixar de dar valor à linguagem culta, é apenas outra forma de se expressar" Para que não haja problemas, os pais e a escola devem deixar claro que é necessário conhecer a maneira formal de escrever e que a virtual fica restrita aos diálogos da Internet.

Fonte: Terra

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