Em 1970, os Clubes Bíblicos 'Jesus Vive' explodiram no Rio de Janeiro. Foi de repente, ninguém sabe quem era o líder, pois não havia nada disto.
Se você me perguntar como era organizado, eu não sei e ninguém sabe, pois não havia nenhum tipo de estrutura fixa. Nem sequer existia razão social, inscrição em cartório, membros ou contrato social.
Não tínhamos local próprio, pois nos reuníamos em casas às centenas e uma vez por mês, aos milhares, em algum local emprestado.
O movimento cessou, mas centenas de pastores nascidos ali, conduzem suas igrejas pelos caminhos do Senhor.
Ninguém era pastor, ninguém era remunerado. Não passávamos de um grupo de garotos e garotas que amava loucamente a Jesus Cristo. Muitos não passávamos de adolescentes e alguns seminaristas, incluindo eu com meus 21 anos de idade, um dos mais velhos.
As concentrações mensais foram feitas na Igreja Batista de Itacuruçá. O povo se acotovelava nos bancos, no chão, se dependurava nas janelas e subia pelo local do púlpito. Uma das vezes em que preguei só tinha um espaço de 1,5 metros quadrados para me movimentar.
A programação não poderia ser mais simples. Louvores, que na época chamávamos de corinhos acompanhados por um violão sem microfonização nenhuma. Não tínhamos jogo de luz, confete, serpentina, gelo seco e o conjunto cantava sem microfone.
Nossos sermões, particularmente os meus, tinham um tema central rodeado por várias partes desconectadas entre si. Na hora do apelo, que não era uma apelação, dezenas declaravam que queriam aceitar a Jesus.
Quando íamos às Igrejas fazíamos um arrastão e repetíamos a mesma coisa, sendo que o resultado era sempre o mesmo.
As concentrações mensais foram feitas na Igreja Batista de Itacuruçá. O povo se acotovelava nos bancos, no chão, se dependurava nas janelas e subia pelo local do púlpito. Uma das vezes em que preguei só tinha um espaço de 1,5 metros quadrados para me movimentar.
A programação não poderia ser mais simples. Louvores, que na época chamávamos de corinhos acompanhados por um violão sem microfonização nenhuma. Não tínhamos jogo de luz, confete, serpentina, gelo seco e o conjunto cantava sem microfone.
Nossos sermões, particularmente os meus, tinham um tema central rodeado por várias partes desconectadas entre si. Na hora do apelo, que não era uma apelação, dezenas declaravam que queriam aceitar a Jesus.
Quando íamos às Igrejas fazíamos um arrastão e repetíamos a mesma coisa, sendo que o resultado era sempre o mesmo.
Milhares de pessoas se converteram, e não falávamos na rádio, não arrecadávamos dinheiro, não tínhamos ajuda do exterior, escritório, mantenedores nem dízimos.
Jesus fez isto só para dizer o seguinte: Para agir, não preciso de ninguém especial, mas de todos. Não preciso de estruturas, nem de grandes pregadores, astros, bandas ou líderes fenomenais? Vocês é que precisam de mim.
Amávamos-nos demais e crescíamos na simpatia da cidade.
O Espírito Santo soprou sobre nós uma pequena brisa e fez toda aquele mover.
Só precisamos disto, pois ao colocarmos um homem ou uma organização entre nós e Deus a comunicação se resolve.
As estruturas só atrapalham.
Fonte: Guiame,por Ubirajara Crespo
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