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10 de junho de 2013

O ÚLTIMO GOLE

Ele nos escolheu para a sua festa. Enviou o convite pelo seu único filho, pois apenas ele o podia fazer, apenas o seu sangue derramado em uma cruz podia lavar as mãos dos convidados.

Com mãos limpas e um coração quebrantado ousamos nos aproximar dele, largamos a bandeja e alegres corremos para o meio do salão onde a sua presença dispensa refletores.

Nós já temos uma taça e ela já foi cheia do Espírito de Deus, nós já somos chamados amigos e celebramos a nossa vitória consolidada no madeiro.

Não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu? Sim, eu o bebo em júbilo! Cada passo uma vitória por tua graça meu Senhor! Cada passo um gole da sua taça, meu Jesus!

Estou bebendo em festa, me embriagando do teu Espírito. Canto, danço, me alegro em tua presença. Bebo desse cálice, pois sei quem me deu, quem o encheu, e confio em ti.

O mundo não o pôde envenenar, o homem não o pôde adulterar. Bebo de um cálice que traz vida, jamais morte, santidade, jamais pecado, vitória, jamais derrota.

Cada momento em sua presença é um gole a mais, não há limite para mim, pois entre amigos tudo o que se tem ouvido se é dado a conhecer. Não economizo da taça, pois ela sempre está cheia quando não me afasto daquele que a pode encher.

Eu canto e bebo, eu danço e bebo, eu choro e bebo, eu brinco e bebo. Tudo junto ao meu Deus, na certeza do seu amor e da sua graça, apenas desfruto daquilo que ele me proporciona, apenas vivo a vida que só encontro nele.

Bebendo vou, cada vez com goles maiores, a cada dia mais alegre, a cada gole mais próximo. Os goles tímidos dão lugar a goles extravagantes, os passos dão lugar aos pulos, o sorriso dá lugar à gargalhada, e no ritmo do anfitrião eu celebro até o último gole, quando com ele serei UM.

Por HUGO SOBRAL SILVA

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